Energia Solar Fotovoltaica - Geração Distribuída
A matéria-prima para a geração de energia elétrica, no cenário mundial, ainda é constituída predominantemente pelos combustíveis fósseis, os quais são compostos pelo gás natural, carvão mineral e petróleo. Segundo a Agência Internacional de Energia, em 2016, esses combustíveis foram responsáveis por 65,1% da matriz energética mundial. O emprego desses é notoriamente preocupante, pois são fontes finitas e causam elevados impactos ambientais, como a chuva ácida e a destruição da camada de ozônio, devido liberarem para a atmosfera gás carbônico durante seu processo de queima.
Dessa forma, a energia solar apresenta como principais características a utilização de uma matéria-prima inesgotável, o sol, e não causa impactos ao meio ambiente durante a conversão da energia solar em energia elétrica. Portanto, sendo o desenvolvimento sustentável caracterizado pela utilização dos recursos naturais necessários para o desenvolvimento de diversos setores a energia solar tem se consolidado como uma fonte de energia alternativa e renovável que contribuí para atender a demanda de eletricidade de modo sustentável.
O Brasil possui uma das tarifas energéticas mais caras do mundo, sobre a qual incidem ainda altas cargas tributárias que acabam deixando o valor da conta de luz pesado ao bolso dos brasileiros. Hoje, os consumidores que desejam produzir a sua própria energia elétrica através de sistemas geradores instalados em suas casas ou empresas, o fazem mediante as regras e normas estabelecidas para a Geração Distribuída, que é o termo utilizado para referenciar a energia elétrica que é gerada próxima ou no local de consumo. Devido as suas vantagens, a cada ano milhares de consumidores integram a geração distribuída no Brasil, quase a totalidade deles através da fonte solar e dos sistemas fotovoltaicos. Portanto, essa modalidade difere diretamente da geração centralizada, onde as grandes usinas geradoras é que produzem a energia e a enviam aos consumidores através das linhas e redes de transmissão, chegando até eles pelas distribuidoras locais.
Essa modalidade de geração de energia pelo próprio consumidor foi estabelecida com a Resolução Normativa Nº 482 da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), a qual entrou em vigor em 17 de abril de 2012. Além disso, a RN 482 também criou o sistema de compensação de Energia Elétrica, no qual toda energia excedente gerada é injetada na rede da distribuidora, concedida na forma de empréstimo. Essa então volta para o consumidor na forma de créditos energéticos, os quais são utilizados para compensar aquela energia que foi consumida da distribuidora. Esses créditos possuem um prazo de 60 meses para serem utilizados, o que é muito benéfico para o consumidor que utiliza sistemas geradores por fontes intermitentes de energia e com sazonalidades de maior e menor geração. A maior vantagem da geração distribuída de energia para o consumidor, disparado, é a economia obtida na conta de luz após a instalação de um micro ou minigerador. Um sistema solar fotovoltaico, por exemplo, pode alimentar até 100% da energia consumida em uma casa, empresa ou até mesmo de uma indústria e, com isso, trazer para o seu consumidor uma economia de até 95% na conta de luz.
Além da economia obtida, outra enorme vantagem que essa geração própria traz ao consumidor é uma independência energética, pois ele fica livre das caras tarifas das distribuidoras, bandeiras vermelhas e sua contínua inflação. Veja bem que, para entrar nessa modalidade de geração distribuída, o consumidor deve utilizar sistemas geradores que utilizem exclusivamente as fontes renováveis de energia. O investimento é altamente lucrativo para o consumidor. No caso dos sistemas fotovoltaicos, que possuem vida útil acima de 25 anos, o retorno que eles trazem a esse investimento os colocam como aplicações mais rentáveis do que muitas outras do
mercado financeiro.
Eventuais burocracias que possam ocorrer é apenas inicial e necessária para que o consumidor conecte o seu sistema à rede da distribuidora e comece a gerar seus créditos, porém, caso este escolha uma empresa de referência, ela ficará responsável por todos os procedimentos e entregará o sistema já funcionando e conectado.
Antônio de Pádua Raimundo é engenheiro eletricista há 30 anos, formado pela Universidade do estado de Minas Gerais e pós Graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho pela universidade Federal de Goiás.
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